Ignorância invencível
Ignorância invencível
Sócrates disse que admitir a própria ignorância é o começo da sabedoria.
Já em Direito, Ignorancia iuris – A lei de introdução ao código civil diz que ninguém pode alegar ignorância da lei.
Diferente do Erro – na ignorância o conhecimento nem existe, já no erro o conhecimento é falso. No erro se conhece o mal, já na ignorância nem se conhece. O erro é percepção falsa da realidade.
Há o erro de fato, que pode ser acidental ou essencial. Acidental reside em peculiaridades secundárias do objeto. Esse erro acidental admite reparação de danos, em contratos, não os anulando. Já o essencial enseja a nulidade do negócio. Esse erro essencial ocorre nos defeitos do ato jurídico. Já o erro de direito é o engano, a má interpretação da norma. Esse erro de direito não pode ser alegado, também.
Nietzsche entendeu que: Tratamos levianamente a questão de saber se alguém sabe ou não uma coisa, enquanto esse começa a suar sangue enquanto pensa o que poderíamos julgá-lo ignorante a respeito dessa coisa. O erro é que julgamos o outro em bloco, por estarmos muito distantes, e a nós mesmos por detalhes e fatos insignificantes.
Também disse que ou o homem tem duas ilusões: ou acredita em certos fatos ou usa de sentimento de prazer ou desprazer em relação a esses fatos. O homem é a vaidade das vaidades.
Na verdade comparamos fatos e os julgamos de idênticos, quando não ser. O erro ou a ignorância ficaria em isso ir além do mediano, ser mais errado do que o comum do erro.
A ignorância muitas vezes é a redução de consciência e a origem de todo o mal, haja vista que há compensações para nossos pensamentos, palavras e ainda mais para os atos. A lei geralmente só pune os atos, quando muitos algumas palavras. Também a liberdade de expressar pensamento, quando contra o preconizado pelo sistema constitucional, suas cláusulas pétreas e fundamentos.
Vemos que sob ponto de vista místico ou espiritual a ignorância é punida, na medida em que não se busque o saber e a evolução moral. O erro é o verdadeiro pecado, e o trabalho é superar esse erro e ignorância. Julgar fatos de bons pela beleza é primeiro dos erros mais comuns.
O prazer dos sentidos e a satisfação materialista e consumista ocultam muito do espírito, e quase sempre vemos essa ilusão dominar muitos atos, até extremos de pleno erro, como tirara a vida de outro ou a própria. No caso até o suicídio involuntário, como destruir o corpo com maus hábitos, e punido de acordo com leis cósmicas.
Claro que não se pode exigir o mesmo de uma consciência em grau menor de evolução. Cada um responde pela sua compreensão do fato, e nisso nossa lei penal erra, quando prende doentes mentais, ao invés de os internar.
A ignorância é uma das inimigas mais fáceis e ao mesmo tempo mais difíceis de serem vencidas. Há quem conheça o mundo inteiro e não conheça a si mesmo. E eu me vejo essencialmente assim. Porque há conhecimentos que estão em aprisionamento. As barreiras epistemológicas muitas vezes se confundem com barreiras políticas, econômicas, sociais e de segmentos dos mais diversos. O bairrismo do conhecimento é reflexo do bairrismo do poder, nada mais. CLÉVERSON ISRAEL MINIKOVSKY
ResponderExcluirIgnorar é não saber. Quando não sabemos, inventamos.(Cazuza disse algo assim em uma de suas músicas), por isso os enganos. Temos imperiosa necessidade de resolver os obstáculos a nossa frente e nem sempre estamos preparados para isso. Lançamos mão daquilo que temos. É preciso que aqueles que sabem o caminho e conhece os perigos e soluções, espere um pouco mais e ensine. Só assim poderemos combater os erros provocados por essas emergências de amor.
ResponderExcluirPOIS E .. ACREDITO QUE A LIMITACAO HUMANA NOS LEVA A CERTA IGNORANCIA. MAS FICOU LEGAL O PROGRAMA DE RADIO SOBRE O TEMA..ABRACO E BRIGADO POR VIR AQUI..VOLTE SEMPRE
ResponderExcluirMuitas vezes julgamos certas coisas sem mesmo pensar e assim que estamos usando a ignorancia
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