Paradoxos e mentiras do nosso tempo
Atualmente
vemos uma série de transformações sociais e problemas que surgem
em nosso cotidiano. Mudanças de leis, alteração de maioridade
penal, novas tecnologias, fins de instituições tradicionais, falta
de comunicação – muitos paradigmas surgem ou são superados, e
entramos cada vez mais em conflito com o mundo e com nós mesmos.
Frente a um governo que não representa o povo, mas uma ideologia
ultrapassada, bem como a leis que tentam compreender o contexto, mas
que ao mesmo tempo entram em choque com a comunidade tradicional,
acaba-se por viver em uma multidão de mentiras. A história parece
ser mais uma dessas mentiras, e uma coleção de versões e
homenagens, mais que pontuadas. Estamos em um tempo majoritariamente
pragmático. Veremos o que no resta a pensar sobre isso.
Para
o pragmatismo, do qual tem os expoentes os pensadores Charles Sanders
Pierce e William James, o que vale é o resultado, as consequências,
e não qualquer princípio primeiro, categoria ou necessidade
metafísica. Vivemos isso, pois a prática acaba fazendo o que
vivemos e aceitamos socialmente. Vamos acompanhando o trem ou o
barco. Muitas vezes as pessoas escondem a cabeça, que nem um
avestruz. Isso parece que ocorre com novas formas de viver, com
comportamentos que antes eram ocultos, como o casamento gay, as lutas
feministas e discursos que antes eram sequer proporcionados, frente a
falta de democracia. Por outro lado, a mesma democracia nos coloca
desafios, frente a corrupção absurda e a falta de inteligência de
quem está no poder. Também sobre a experiência dos menores de
idade, se eles já tem capacidade para outros atos, seria óbvio que
têm para responder criminalmente. Sobre esse caso já fui de opinião
se se fazer uma plebiscito. Falando com psicóloga, ela disse que
após formação da personalidade, quando criança, não se muda
mais, uma vez que se forma ali seu caráter, até 7 anos.
O
que vale é o resultado. No futebol tivemos a experiência de perder
mais um campeonato recentemente. Mas não vimos antes um trabalho de
investigação em se aprender com as grandes equipes. Nosso time
continuou com o mesmo ritmo, jogando de modo aleatório, sem
estratégia. Bastaria também colocar em prática o que de melhor
possuímos. Uma vez em fase eliminatória, por óbvio que se deveria
treinar batidas de pênaltis. Achou-se que o peso da camisa garante o
jogo, ou que reunir craques de equipes estrangeiras refletiria
aquelas equipes, o que é falso. Passamos por mais mentiras e
juntamente com aquela da política, da sociedade brasileira que se
achava intocável economicamente, vemos também uma crise de
relacionamento, de comunicação humana, frente as tecnologias.
Vemos
que muitos dogmatismos foram superados: aqueles da religião, outros
das instituições e seus relacionamentos, políticos de uma dita
esquerda, e por fim aquele do futebol. Hoje se percebe uma equipe que
nem os EUA ganhando jogos, sem mesmo ter qualquer tradição no
futebol. Isso requer mudança de visão, e muito background
para se compreender como as coisas funcionam. A mera sorte ou talento
deixou de muito de garantir um resultado eficiente. A prática sim,
essa garante atualmente mais sucesso nos empreendimentos. Para tanto,
cada vez esses novos paradigmas que nos envolvem chamam consigo novos
modos de se portar. Também se deve ter a visão de futuro, para
assim atrair novas possibilidades. Não que se deve por isso perder a
tradição. Talvez o que ocorre é que se defenda certas mentiras, ou
mesmo confusões, por se ver acostumado com essas coisas. Nem mesmo
os monges cristãos acreditam apenas na fé. Eles têm um ditado, que
é Ora et Labora, então se deve também trabalhar. Igualmente
se tem de ter feedback para não repetir o mesmo erro. Não
basta persistir ou não desistir, tem de se acertar.
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