Vivemos em um tempo de pouco entusiasmo
Vivemos
em um tempo de pouco entusiasmo
Conversando
essa semana com filósofos e escritores, percebi que um assunto que
nos envolveu foi a diferença de nosso tempo em comparação ao
passado, onde a alegria vinha antes sem motivo e sem interesses
financeiros. As pessoas por outro lado, atualmente não se envolvem,
evitam compromissos e procuram antes tirar vantagem em tudo,
desfavorecendo relações mais humanas e fraternas. Temos já robô
pousando em cometa, contudo deixamos nossa saúde e alegria para
segundo plano, provocando toda a sorte de males de saúde, em uma
vida onde o estudo e trabalho nos comprometem e anulam outros
aspectos da personalidade, essa total e com grande importância no
entretenimento e emoção. Um tempo de pouco entusiasmo e de
depressão: isso o que vivemos.
Não
raro acho que todos nós possuímos momentos difíceis ou de
tristeza. Igualmente amigos que sofrem com depressão. E depressão é
coisa séria, não é invenção ou fingimento. Há pessoas que são
talvez dramáticas, mas essas sempre foram dramáticas. Fato é que
talvez haja mais abordagens do problema. Geralmente se pensa em
médico, na figura do psiquiatra e do remédio. Mas existem remédios
e remédios. Uns tiram o sono, outros tiram desejo de viver, e por
fim outros deixam a pessoa dopada. Isso ouvi já de pessoas que
passam por diversos tratamentos. Outra abordagem mais inteligente é
o da psicologia, seja através de análise ou mesmo até hipnose.
Fato é que existem vários jeitos de se tratar.
Por
outro lado, há a Programação Neurolinguística (PNL), que é uma
espécie de reprogramação mental. Temos pensamentos que se repetem
e que nem sempre são os melhores. Muitas vezes demos valor a
críticas, ou mesmo nos anulamos por algumas pessoas. Deve-se refazer
pensamentos melhores, e compreender o lado bom e positivo da vida. Em
muito a PNL está associada a parapsicólogos, apesar de alguns da
sociedade ainda pouco informada, entenderem a parapsicologia como não
ciência. Fato é que há estudos desde a antiga União Soviética,
bem como norteamericanos sérios, sendo estudos úteis da
parapsicologia, então ela é ciência. Ela tem uma dimensão teórica
e uma dimensão prática, serve para alguma coisa.
O
mundo atual deixou de ter encanto. Vive um caos ético e uma
instabilidade de relacionamentos. As pessoas não têm muita
inteligência emocional, e não toleram qualquer falha ou dificuldade
nos relacionamentos. Não entendem que o amor se constrói, e que
talvez seja normal as pessoas falharem, justamente porque são seres
humanos. Vejo em muitos casos mais sentimento de posse e insegurança,
sinal de baixa autoestima, que problemas de relacionamento. Isso em
seguida gera angústia ou até mesmo se desenvolve em uma depressão.
O mundo se move por interesses mesquinhos, como dinheiro ou apenas
bela aparência, sem levar em conta a afetividade e uma dimensão
mais amorosa das coisas. Se perdeu o talento poético em se construir
a realidade.
Outro
problema é o excesso de trabalho e estresse. As pessoas constroem as
próprias doenças. Elas saem de si. Deixam de ser o que são por se
venderem ao barato. A integridade é esse valor que elas perdem, sua
natureza e satisfação. Perdendo isso, elas constroem algo negativo.
Em casos isso vira depressão, em outros câncer. A tensão da vida
pós-moderna, suas mil redes sociais sem afetividade, a violência e
todos os fatores que nos fazem mesquinhos e egoístas. Não fazemos
mais festas: organizamos eventos. Não temos amor, temos conexões.
Abandonamos os problemas, em vez de enfrentá-los. Mas a vida é uma
escola, e vai ter de se aprender, por bem ou por mal. Acho que
estamos aprendendo na base da dificuldade. As pessoas foram educadas
a consumir, e crianças choram pedindo presentes. Perdem a capacidade
de abraçar e amar, e depois crescem angustiadas.
Por
fim, algo deve ser feito. Cada pessoa está resolvendo ao seu modo a
sua angústia. Seja na busca da arte, do esporte, de um lazer e tudo
mais. As pessoas se encheram de engordar o capitalismo e de adoecer
comprando. Querem algo mais substancial, e talvez por isso que
busquem tanto estudo, mesmo sem retorno financeiro. Resta a filosofia
par dar resposta. O homem grego, após ter tudo na vida, ser rico e
tudo mais, buscava uma coisa final: a filosofia. Porque ali
encontrava sabedoria. Devemos restaurar a humanidade e o amor. Rever
o quanto perdemos em excesso de trabalho, em uma vida pouco saudável
e em relações destrutivas. Sermos nós mesmos. Assim poderemos
compreender a escola da vida, e comemorar a existência com um
sorriso no rosto.
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