FILOSOFIA DO AMOR - AMOR DA ALMA
FILOSOFIA DO AMOR - AMOR DA ALMA
Não há amor que já não existiu, pois
somos todos filhos do amor. O amor pertence a meu eu verdadeiro, não ao meu ego
ilusório. Amor que não precisa de experiência, que é sentir amor, amor puro,
amor a priori. Assim sendo, o coração pulsa antes de nascer e troca
energia com a mãe carinhosa e com a
sacra natureza. Na água flutuamos feito Moisés no seu cesto, quando foi
encontrado pelo mistério da fertilidade. Milhares de anos se passaram e a
humanidade continua cega em relação ao seu sentimento de amor.
Contrariamente,
crescemos no verde da esperança por encontrar alguma divindade, porém não a
encontramos, uma vez que não encontramos a nós mesmos no fundo de nosso
coração. Construímos ídolos em vão, pois
na pedra não se encontra o Todo. Refletimos sobre mil coisas fatídicas, signos,
valores e números, porém não os usamos para compartilhar, mas para acumular
injustamente. Um vulcão não alerta sobre a erupção, ele simplesmente faz e isso
destrói, derretendo a ilusão humana. Dessa forma, os racionalistas e
materialistas sucumbiram pelo excesso de poder e pela falta de amor e crença.
Achamos
até que existimos antes de ser, porém pouco sabemos sobre a existência. Entre
desesperos e ceticismos aprendemos a nos alimentarmos de uma vida sem sabor ou
tempero, ou mesmo até um sabor desagradável. A pena sozinha somente pouco voa
quando é levada pelo vento, mas com o calor do peito e a vida das aves ela pode
aquecer o sentimento e elevar-se a grandes altitudes. A experiência ensina
melhor quando se matricula na escola da vida. Não nos ensinam a lidar com
perdas, a lidar com ciúmes, sobre o amor, sobre cuidar dos filhos, sobre a
tristeza, sobre a sabedoria, sobre como superar as doenças, sobre combater maus
sentimentos. A sociedade vive em suas escolas algo mecanizado, tudo que se
aprende é o que menos sustenta a manutenção da vida, que é o bom sentimento e o
prazer em viver. Pena ainda vestirmos roupas antigas e de pouca utilidade, pois
necessitamos mais nos aquecer do que nos enfeitar.
A
ciência tem ainda muito que crescer, e ainda não nos contentamos com a
monotonia e a não inovação. Quantas guerras foram necessárias para financiá-la?
Sorte colhermos bons frutos das árvores que semeamos nos espinhos da tirania.
Até a falsa liberdade nos decepcionou. Deixem os cálculos para os contadores,
busquemos uma moral baseada no sentimento. Calculemos o que falta para
erradicarmos a miséria do mundo, a filha das economias. Autores de
neurobiologia já defendem a importância das emoções na formação do cérebro, e
mesmo na formação dos valores das pessoas. Toda a moral se fundou no
sentimento. Não foi a toa que se proibiu a morte, o assassinato, entre outros
atos bárbaros, justamente porque causam repugnância nas emoções. Também
defender-se a família e amor romântico foi devido a uma forma que a natureza
encontrou de manter a união e o sustento da cria, para que a sobrevivência dos
filhos fosse garantida. Uma certa singularidade genética também é sustentada
quando a reprodução mantém um padrão. Quando dois irmãos brigam por herança,
todos morrem de desgosto e infelicidade, pois bugigangas não sustentam emoções
e a eternidade genética se vê prejudicada.
Quando se trata de amor, todas as flores
são passíveis de se tornarem presentes maravilhosos. De fato, as flores são
agradáveis, mas não são nada sem o sentimento das pessoas que as dão. O que
importa é a intenção, a essência, não flores que apenas sobrevivem por um curto
prazo de tempo, por terem sido arrancadas. Flores dadas em traição são piores
do que ervas venenosas – pior, deveriam ser engolidas pelos seus consortes. Uma
semente para cada natureza de solo, uma flor para cada natureza de mulher.
Flores que eu daria com orgulho são as folhadas a ouro e acompanhadas de ricos
poemas.
O amor foi descrito de forma real no seu texto. O amor é assim transparente. Parabéns pela criatividade neste texto, um texto digno de parabéns.
ResponderExcluirGostei muito, Mariano. Parabéns! bj
ResponderExcluirTaty