FELICIDADE, INTELIGÊNCIA E VÍCIO
FELICIDADE, INTELIGÊNCIA E VÍCIO
Inteligência:Um
autor parapsicólogo disse que todas as pessoas têm o mesmo nível
de inteligência (Dall'agnol). Eu também acredito que a inteligência
seja algo bem mais complexo do que notas altas em escola ou diplomas
acadêmicos. Já quando escrevi meu livro Reflexões Gerais, liguei a
genialidade ao fato da pessoa ser exceção da exceção e conhecer
sua verdadeira natureza, que não precisa ser um tipo intelectual,
podendo ser um artista, jogador de futebol, dançarina etc. Isso não
se refere a alto nível de QI, mas pode englobar o QE, o quociente
emocional, bem como a felicidade da pessoa. Já um pensador, Michel
de Montaigne, entendia que os intelectuais muitas vezes não passam
de idiotas, e que na Universidade de Paris, e bem como outras, não
se ensina a sabedoria, a qual muitas vezes está mais na posse de
pessoas comuns do povo, que de acadêmicos. Também devemos
diferenciar a cultura da erudição, pois a cultura possuem os
índios, pessoas analfabetas e outros, enquanto a erudição é
apenas o conhecimento muitas vezes teórico e sem qualquer tradição
mais íntima, não sendo a cultura algo ensinado em universidade.
Mesmo antes da chamada inteligência emocional, eu já havia pensado
em algo a que chamei de “filosofia do sentimento”, que é algo
muito mais amplo, tendo o projeto de um método de transformação
pessoal, o que ainda preciso desenvolver. Mas a inteligência é
assim algo mais amplo, havendo ainda o que chamei de “inteligência
carnal”, que é a admiração do próprio corpo e do alheio, com
desejos bem sinceros e manifestados, com algo parecido com um
carnaval íntimo. Isso também é necessário, apesar de moralistas
talvez serem contra. Então não basta ter apenas razão, mas é
necessário um ser pleno para que se manifeste psiquicamente
saudável. Assim é preciso somar três inteligências: as conhecidas
racional e emocional, e aquela que ainda defendo, a carnal.
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Tristeza: Modernamente a tristeza está ligada a falta de
dinheiro. Apesar do dinheiro ser necessário, para garantir a
felicidade às vezes basta o básico. O pensador Epicuro achava que
se tendo bons amigos se poderia garantir a felicidade, buscando esse
até morar junto com os amigos e fazer as refeições junto aos
mesmos. Sêneca achava que se deveria ter menos expectativas, sendo
assim um bom começo a felicidade. Mas as pessoas acabam por
alimentar muitas expectativas e assim em conjunto ampliar suas
frustrações, podendo até chegar ao extremo da depressão, que é
uma epidemia em nossa época. Os antigos chamavam isso de melancolia,
sendo parte de um humor, de um temperamento onde a tristeza é
excessiva e corriqueira, um traço de certa personalidade. Mas as
pessoas estão desenvolvendo esse humor, não o tendo de forma inata,
muitas vezes. Um filme de Lars Von Trier retrata o tema, chamado
“Melancolia”, onde uma moça se casa e desiste da união, bem
como a irmã espera o fim do mundo pela aproximação de um planeta
de mesmo nome, Melancolia. A arte imitando a vida. A felicidade não
é acumular bugigangas, mas sim um estado de espírito, ao contrário
do que ensina a nossa cultura. O ideal que estava muitas vezes em um
aspecto emocional verdadeiro, bem como no desenvolvimento do próprio
gênio no passado, agora se foca por demais em profissão e acúmulo
material, em um materialismo avassalador. E ainda parece que o
Marxismo morreu como filosofia, mas na pratica as pessoas estão bem
materialistas, em um materialismo histórico. Esperamos assim um
socialismo mais feliz, apesar do sistema estar meio que fadado ao
fracasso, pela mesma experiência da história. O amor também está
cada vez mais raro, haja vista faltar as pessoas uma verdadeira
entrega emocional, o que já relatei em minhas obras Mistérios
Ocultos do Amor e Reflexões Sobre o Amor. A tristeza é assim hoje
tão vasta, mesmo com nossa facilidade na vida, remédios, nossa vida
sem dor, tudo o que nossos antepassados sonharam. Contudo vemos que a
tristeza é mais marcada por raiva, que por legítima tristeza. Não
é uma falta de alegria, mas mais uma coisa em si, algo que tem sua
função, desde que não seja em exagero. Outro autor que trata bem
do tema da angústia é meu amigo Fídias Teles, em sua obra
Dimensões da Angústia Humana. Muita da tristeza pode ser também
meramente corporal, por alteração hormonal, uso de medicamentos,
falta de exercício físico. Um rapaz fez um trabalho com a terceira
idade onde teve resultado satisfatório em redução de depressão
com a prática de exercícios físicos. O corpo participa da mente e
a influi.
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Vício:
O vício nada mais é que uma forma de compulsão. Modernamente se
fala em TOC, transtorno obsessivo compulsivo. O problema está no
excesso que pode prejudicar determinado ato ou afastamento de relação
social, bem como a saúde. Algumas tendências se ampliam por
genética, e isso é comprovado pela ciência. Também as pessoas têm
certos temperamentos, alguns que são mais sensíveis aos excessos e
ao apego a determinadas compensações ou prazeres, como alimentares,
sexuais, bebidas, cigarros etc. Além de que em se pensando em
cigarro e bebida, ambos se dão por via oral, o que pode sugerir
alguma compensação com algum desmame errado, refletindo aquela
carência do desenvolvimento. Mesmo as drogas, há quem use e não se
vicie, não sendo a única forma de vícios. Hoje até em academias
de ginástica ou mesmo em baladas, as pessoas desenvolvem o vício,
pelo exagero e por não ter outros mecanismos compensatórios ao
estrese e as frustrações. Mas cada viciado tem seus motivos, e
geralmente inconsciente. Parece que o sistema límbico do cérebro
que trabalha nessas escolhas e que hormônios de prazer traçam um
caminho que se não for repetido, gera outra frustração. O melhor
talvez seja não experimentar certas coisas, ou não repetir em
hábito as mesmas. Deus é um bom auxiliar para superar qualquer
vício ou descontrole maléfico. Mas o vício é ruim apenas quando
afasta da sociedade e do controle, podendo alguns serem ingênuos,
como colecionar coisas, exercitar-se, beber água etc.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUM TEXTO BEM ELABORADO, ONDE APRESENTA UM TEMA COMO: INTELIGENCIA, FELICIDADE E VICIO. TODOS NOS SOMOS INTELIGENTE, NASCEMOS UM POTENCIAL GRANDE BASTA COLOCARMOS EM PRATICA DO BEM. A FELICIDADE ESTA DENTRO DE NÓS BASTA BUSCARMOS, A TRISTEZA É UM SENTIMENTO ELA SÓ SE MANIFESTA QUANDO ALGUMA COISA ESTA ERRADA NA NOSSA VIDA E O VICIO É UM TRANSTORNO ONDE PESSOAS BUSCAM PRO SEU DIA A DIA. AMEI A LEITURA. PARABÉNS!!!
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