Panlogia como espírito no corpo

Panlogia como espírito no corpo

Muitas filosofias e crenças desejam evoluir a alma e negligenciam o cuidado corporal ou a matéria. De certo modo esse modus operandi está equivocado, uma vez que estamos nesse plano ou dimensão por alguma missão útil. Não fosse útil, não existiríamos. Para tanto, tanto as doutrinas da reencarnação ou metempsicose, bem como a da ressurreição são necessárias. Hoje a ciência prova que o universo material terá um fim, chegando assim a ser engolido pela expansão da estrela, no caso o nosso sol nos queimaria. Para tanto há de haver um modo de sobrevivência da alma, seja por outra forma de veículo, no caso um eletrônico, seja em dimensões paralelas. Mas a alma evolui por vidas no corpo. Este mesmo veículo deve se adaptar a condições climáticas, e por fim terá futuramente outra composição. Mas Panlogia defende uma vida plena, inclusive vivendo-se em equilíbrio corporal, favorecendo se aproveite ao máximo sua vivência. Essa corporeidade é essencial porque apoia a alma. O suicídio seria então pior a alma que ao corpo, e por isso não recomendado. E Pan engloba a tudo, ele envolve em êxtase corporal. Era temido porque revela as camadas mais poderosas do incosciente, o lado totêmico que tem ligação com animais. Esse lado de herança do poder animal foi interpretado por antigos como demoníaco, o que afastava o ser humano de sua potencialidade. A sexualidade se revelava muitas vezes nisso, e inventou-se cintos de castidade e torturas para ocultar essa potencialidade. Vemos que a sublimação dessas características gera os melhores cientistas e atletas, por outro lado. Por isso doutrinas tântricas e orientais, bem como o tai chi devem nos alimentar em saberes, assim como os conhecimentos filosóficos gregos e religiões ocidentais. Devemos exercitar e utilizar o corpo em sintonia com a espiritualidade, encontrando assim uma visão do todo.
O corpo é o pensador. O prazer é a síntese. Quando achamos as hipóteses perdidas, estão lá elas em dores do corpo, em males que vêm, em linguagens. A história da filosofia é uma história de pensamentos fisiológicos. Foi a matéria que ganhou consciência, e que manifestou a herança da poeira cósmica. Assim o toque é essencial, pois tocamos pensamentos. Talvez grandes descobertas estejam mais em toques corporais que em cálculos matemáticos. As filosofias são apenas linguagem da matéria ou forma que se sutilizou. O erro foi em se procurar uma visão parcial, e toda parcialidade gera superficialidade. Em um momento se defende o materialismo, em outro o espiritualismo. Como toda a filosofia tem a sua veracidade, panlogistas podem usar disso para evoluir o que já existe. Para tanto, o espírito é glorificado na matéria e iluminado no êxtase. Porque condenaram esse mesmo êxtase? Fato é que cada tempo tem sua visão da realidade, e assim como cada personalidade, deve ser respeitado. Panlogia, por outro lado,. Quer unir essas diferenças e provar que todos estão certos, e que cada um vai se encontrar em seu lugar do tabuleiro. Um rei não pode ocupar o lugar de uma torre, nem um cavalo de um peão, e assim o xadrez da existência tem seu fluxo. Mas são corpos, são peças materiais, têm sua substância. A química foi a prova que as coisas se relacionam, que átomos se cruzam, que às vezes de modo pacífico, outros explosivo. Existe claro uma química oculta, uma alquimia que permite as coisas se transformem. Então a vontade prova que o corpo pode ser transformado, em consequência o destino. Pois trações no corpo, formato, temperamento e muitas coisas já traçam o caminho de seu destino. Somos estradas desenhadas em um corpo. Musculação nada mais é que aperfeiçoar o destino pela forma. Cirurgia plástica mais que procurar solução de problema estético, é ratificar a mudança de destino. Uma simples maquiagem em um belo rosto de mulher é uma forma de alterar o destino, buscando maior magnetismo e ocultando as marcas do tempo. Pois toda cicatriz significa um acontecimento.  

Comentários

  1. Mariano Soltys: seu texto será um bom texto para duas disciplinas filosóficas em especial: hermenêutica, porque o texto é denso e estética, porque participa fortemente da temática. Continue escrevendo, amigo. CLÉVERSON ISRAEL MINIKOVSKY

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  2. Bom dia amigo.. pois é.. está ficando um bom texto em estética.. só faltando revisão. de todo o modo, o capítulo fala de coisas que são afastadas do âmbito filosófico.

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  3. Muito bom querido, continue nos passando estas lindas lições. Estou acompanhando suas panlogias. Beijos

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  4. Mariano o corpo tem um inicio meio e fim, e a panlogia é um instrumento de pesquisa que acompanha esse desfecho do corpo e alma. Pesquisado por ti, o corpo é um ser pensante, prazeroso, mas também um ser rancoroso, são os dois lado que lutam pra sobrevir o do bem e do mal. Amei seu texto. Maria Nery

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