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Mostrando postagens de 2011

Viciadas em trabalho

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Viciadas em trabalho               Os problemas de algum modo se atraem para mim, e a última experiência que tive, estava próxima de uma moça que aqui vou chamar de G, mas que para mim está sendo um aprendizado de transformação. Ela é assim viciada em trabalho (compulsão, transtorno obsessivo compulsivo) e isso para se afastar de qualquer entrega mais ampla emocional, defendendo um complexo de ódio aos homens que aqui vou chamar de “complexo de amazona”, mas que é apenas uma defesa para que não se repita o antigo conflito. O trabalho está assim tomando mais que a necessidade e ela trabalha com artesanato, muito feliz em sua persona . G teve um rompimento emocional há 4 meses e agora projeta conflitos em minha pessoa, me condenando de fatos imaginários e refletindo alguma insegurança, dizendo não confiar em ninguém (do sexo masculino).             Fato é que substitutos de prazer abundam em nossa sociedade, como doces, chocolates, excesso de trabalho, relações vazias, bebida, tóxicos

Virtude da alma e do caráter

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Virtude da alma e do caráter             Uma cidade para ser a melhor deveria buscar a justiça e ter na conduta de seus cidadãos atos pautados na virtude. Lendo um material em que era analisado Sócrates, percebi que qualquer filósofo, muitas vezes sem conhecer muito esse mestre grego, faz da sua vida algo baseado em uma regra moral comum já defendida pelo mesmo. Vivemos, por outro lado, em um tempo em que não têm vergonha nenhuma as pessoas de colecionar dívidas, traições, imoralidades e toda a sorte de atos desonestos, maquiados em “jeitinhos brasileiros” e coisas do mesmo quilate. Mas a virtude não é algo que se compra em shopping-center, nem se aprende de forma como uma imitação, mas vem do caráter, e caráter não se muda. Para tanto, parece vir da alma e mesmo de algo transcendente da vida do sujeito esse dinâmica virtuosa, e homens como Sócrates estão cada vez mais raros.          Não é à toa que Diógenes, outro filósofo grego, disse procurar com uma vela na mão, em pleno dia,

Escrever é traduzir o próprio destino

Escrever é traduzir o próprio destino          Hoje foi um sábado intenso, apesar de eu estar em casa e ainda haver um frio fora de época. Terminei um novo livro, Crítica da Razão Cibernética, que em coautoria com Cléverson e apoio de Patrick, está para ser um livro incrível, do pensamento do futuro. Também fiz algumas orações e um ritual teúrgico, a fim de afastar certa energia negativa que pela manhã talvez queria me assolar o espírito. Acompanhei somente ouvindo os detalhes da construção de local onde ficará meu novo escritório, e ainda pensei e até onde construo meu destino e até onde já está pronto, sendo uma obra de Deus? As águas do céu se abriram e me engoliram feito uma gigantesca baleia em alto mar.          Assisti ainda um filme onde um escritor é procurado por um jovem editor e este primeiro estaria parado por anos, após viuvez. O filme é com Joshua Jackson, um ator que eu já tinha presenciado em outro filme, Sociedade Secreta, e Clairi Forlani, lindíssima, e ele dessa

O que nunca morre

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O que nunca morre             Fui a um enterro hoje e fiquei meditando no cemitério-parque sobre o que fica quando falecemos, o que deixamos para a posteridade. O féretro era do Sr Heinz Walter Zulauf, que ano passado um amigo meu e eu entrevistamos, a fim de escrevermos um livro sobre uma sociedade da cidade, sendo nós muito bem recebidos na residência deste. Mas era um grande personagem de nosso município, devendo receber todas as homenagens pelas suas obras, que vão desde as ruas da cidade, a escadaria, um aeroporto, medalhas em diversos esportes que praticou quando jovem   e muitos outros feitos. Assim esses seus feitos nunca morrerão, como o seu nome que deve ser lembrado na história de São Bento do Sul-Santa Catarina.   Quanto a mim: pelo que escrevo nos meus livros e mesmo pelo que falo na rádio, junto a programa de Cléverson Israel Minikovsky, sei que tenho um lugar também para a posteridade, que nunca morro.          Jesus disse que somente ele poderia destruir o templo e

Lidando com ausências

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Lidando com ausências                 Uma criança chupa o dedo quando não possui alguma coisa. Nós adultos, ou mesmo jovens, lidamos muitas vezes de forma automática com as frustrações, e nem tudo o que se deseja se pode conquistar. Muitas vezes o pouco que se tem já evidencia uma ausência. Criamos assim uma série de mecanismos para desviar energias, para esquecermo-nos daquilo que não satisfaz nosso auto-mimo. Mas aos poucos vamos vencendo essas dificuldades, e enquanto vivos, podemos sim conquistar o que desejarmos, sermos senhores do nosso destino, reis.             Ontem mesmo eu e meu amigo Cleverson ministrávamos uma pequena palestra sobre filosofia e percebemos que atitudes políticas começam logo cedo, uma vez a plateia formada por adolescentes. Agora estou com 12 livros, e lembro de escrever em papeis de A4 ensaios aos meus 20 anos de idade, me achando na época um meio que extemporâneo, um filósofo que jamais teria talvez oportunidade de expor pensamentos.Veja o que ocorreu,

Sucesso é boa vibração

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$ucesso é boa vibração             Hoje observei o mundo e estive a pensar agora que cai o vestido branco da noite: será que os segredos do sucesso são tão escondidos quanto muitos pensam? Acredito que não seja tão complicado. Parece que em algumas palavras já se pode dar um primeiro passo a verdade nesse sentido, como na liderança, na simpatia, na alegria, na calma, na confiança, na paz interior, na sintonia com a família, no laço com mundo espiritual. Vejo que cada uma dessas palavras em diferentes aspectos pode ser útil a quem reclama de sua vida e procura mudar, seja para conquistar o que for e ter algum sucesso.          Antes vou fazer uma recordação. Na minha filosofia sempre achei o centro do humano que este encontrasse a sua verdadeira natureza, que nada mais é que o que se fala popularmente de fazer-se o que gosta, ser a pessoa que é, ter talento, ser fenômeno, gênio etc. Isso nada tem a ver com um Q.I. alto, nem com beleza, nem com dinheiro que vem da família, nem com p

Pai, pater, father

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Pai, pater, father                         O dia dos pais é o dia daquilo que há acima de nós, da nossa força moral.   Vejo que em meu espírito repousa muito da base que tive na infância, onde a existência se fez formada e me conduziu pela vida. Lembro que mais presente o nosso pai se faz na infância, e que tenho assim relatos que beiram a perfeição para descrever. Meu pai, Mário Soltys (o Marião da Condor) parece que me foi um desses gigantes em minha infância e até adolescência, pela companhia que tive e oportunidade de praticar atividades físicas em conjunto, como andar de bicicleta ou “bater uma bola”, ou mesmo jogar video-game. Foram sempre momentos de presença e de uma amizade verdadeira, maior que daqueles amigos que com a idade e atividades, mudanças, se afastam.          Por outro lado, vejo que em meu escritório se multiplicam crianças sem pai, onde mães vêm apenas buscar a pensão alimentícia e se esquecem na formação moral a que um pai exerce nos filhos. O pater é bem uma

Um dragão sou

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Um dragão sou             No oriente os dragões representam grandes forças da natureza, mesmo que às vezes com efeitos negativos, como em terremotos e tsunamis. Mas aqui não queria lembrar do dragão desa forma, senão pela sua significação no antigo ocultismo, que é a dos que assim eram chamados: os sábios. Na noite dos tempos sábios eram chamados de dragões ou de serpentes. Com o cristianismo os símbolos ganharam um significado negativo, apesar de o próprio logos dos gnósticos ser representado por uma serpente, isso sem falar no ídolo fabricado por Moisés a conselho do Senhor. Mas até onde a aparente feiura e desvalor faz de nós seres humanos algo diferentes e por isso pré-julgados? E até onde isso é positivo ou negativo?          De qualquer modo, tanto São Jorge quanto Miguel teriam enfrentado e vencido o dragão de Satanás, ou o próprio. Mas me afasto desse conceito. Vejo mais a sabedoria como uma qualidade essencial a um ser adquirir nesse mundo, mais do que a agradável aparênc

Vida-limão

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Vida-limão             Por certos acontecimentos ou falta de acontecimentos na vida, esta se torna azeda. Mas hoje eu estava percebendo, que em meio a essa chuva transbordante, vento cortante e a dor de cabeça que acordei, havia um Sol que nasceu triunfante e um calor gostoso. Cara, melhor de tudo é um calor que supera o frio e a umidade. Acho que os europeus entendem mais disso. Contudo eu estava observando e vi que meu pé de limão estava carregado, e logo fui e desfrutei de dois frutos, o que para mim não é azedo, mas tem um gosto agradável. É que minha vida talvez tenha algo de limão.          Antes que tu penses que eu gosto de caipirinha, falo que não bebo álcool, não mais. Acho que o azedo da vida tem de ser puro, e por eu estar acostumado já com essas provações e expiações, faço do azedo o melhor dos gostos. Mas cedo minha mãe viu na rua um bêbado, e ele estava caindo, perdeu acho que até seu chinelo. Isso em meio do frio, onde outros usufruíam de seu “cobertor de orelha”, o

Silêncio e discurso

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A essência das pessoas revelada no discurso             Um discurso mantém um diálogo. O que é essa troca que eleva os interlocutores até o céu? Parece que a essência é que se revela na palavra, quando a aparência usa pelo contrário, de muitas máscaras. Então, o mesmo homem que do lado de fora de uma igreja fuma, ao entrar joga seu cigarro e veste a máscara correspondente. Outra pessoa muda de roupa, uma esposa agrada seu marido com uma lingerie, um policial veste seu armamento, um advogado seu terno. A aparência é um discurso que vai além, que não precisa de palavras, e é seu silêncio que se revela poderoso. A banalidade por outro lado se mescla ao coitadismo quando vemos nas pessoas se queixando de mil problemas que ampliam pelo seu pessimismo corriqueiro. Mas o que observamos em um grupo de pessoas que conversam?             De um lado e em cada célula formada por cada estilo, vemos diálogos correspondentes a personalidades e arquétipos, tipos mesmo de pessoas. Primeiro se come

Ser rejeitado

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Ser rejeitado             Ser rejeitado é quase que uma regra para quem é diferente. Seja feio, bonito, gênio, esquisito ou outra coisa, fica difícil não perceber a relação diferenciada a que se é tratado sob certas condições. Há vários gênios que conheço, e eu mesmo sou um príncipe dos filósofos, mas não somos reconhecidos, e pelo contrário, rejeitados, tidos como loucos, desocupados, sem nada para fazer de melhor. Homens como nós foram fundadores da sociedade moderna, idealizadores do universo, da física, de toda uma gama de compreensões. Não fossem uns estranhos que nem nós, o mundo não teria graça, viveria ainda caçando com lanças os animais de seu menu instintivo. Por quê somos rejeitados?          Acho primeiro que isso ocorre porque somos tidos como feios (eu me acho bonito...). Acho que a aparência se reveste de uma reação intuitiva do outro ser, culminando em um juízo de valor. Nem sempre isso é positivo e os equívocos se multiplicam e muito se é perdido de bom. As relaçõe

Poesias e quadros no shopping

Poesias e quadros no shopping Zipperer, até domingo Enchente de cachaça Seu José sonha com chuva de cachaça, Por isso não se assusta com enchente, Mesmo sem dente, Tira rolha de garrafa, Que racha e não quebra, A alegria irresistível da graspa. Cambaleando, andando de volta pra casa, Dona Frida esperando, Com panela na mão segurando, Grita e se desgoela, Pra acordar Seu José roncando. Radio “véio” noticiando a tormenta, O “véio” nem assim ressuscita, Pois ainda na terceira garrafa não desistia, E agora dorme feliz na separada caminha. Não caminha sem valeta que o engula. Desgraçado, trocou Frida pelo guarda-chuva, Não mais abraça a pensionista, Que na casa habita desolada, Panela trocada, “chapér” na cabeça desmorona. Frida não sabe o que fazer com o bêbedo, Pois ele pensa estar em enchente de cachaça. Seu José e Dona Frida, guarda-chuva e garrafa, Amor que dura mais que em alto mar a ventania, E que é forte como a rocha litorânea. Cana é só mais um doce em sua vida, “Se aco