Mostrar a alma revela o corpo
Mostrar a alma alegra o corpo
O corpo é a linguagem da alma. Quando vemos um sorriso, é uma alma que sorri, quando vemos uma corcunda, é a alma que procura ser enterrada, quando vemos olhos brilhantes, é a alma que representa o céu, quando vemos olhos estrábicos, é a parte da loucura que se aproxima. A sintonia e harmonia da alma com o corpo revelam-se em beleza e atração, em magnetismo. Quando estamos na verdadeira natureza e vontade o corpo se torna saudável, vistoso, a alma alegra o corpo. Quando a alma fala nada afoga o ser, pois respira a felicidade em seu coração.
Uma pessoa que nos parece infeliz fala de seus problemas, traça planos que não realizou, se arrepende de atos. Às vezes é do casamento, outras de ter filhos, outras de não ter estudado, outra de não ter namorado, tudo era um aprisionamento da alma. O sentimento vem da alma. Sentidos vêm do corpo. A alma se projeta no corpo e a sua não manifestação gera a doença. Quando estamos trancados em nossa vontade impedimos a força da vida se manifestar. Muitas vezes se escolhe uma crença para refletir ideais que se defendia no espírito. Vive-se novamente e perdura-se a mesma crença. A teimosia é revelada em fanatismo.
Quando conversamos muito sobre um assunto com alguém, demonstramos nossa alma. Quando não mais traçamos palavras pensando muito, mas o inconsciente fala em livres associações, nesse nível há um verdadeiro diálogo. É um abraço de almas. E o corpo se alegra, revela sua inteligência carnal. Qualidades corporais se revelam, refletindo a alma. Não existe mais doença, não existe mais dor nesse estado de sintonia entre a alma e o corpo, entre a felicidade que pela sua linguagem fala com bem estar. A dor e o mal-estar são também positivos, pois assim valorizamos o que não temos, refletimos sobre nossos atos e existência.
Quão maravilhoso é ter uma cama quentinha. Quão maravilhosa é a comida temperada e fresca que temos todos os dias. Maravilhoso é um banho quente, relaxante. Todas estas coisas passam por nós despercebidas, mas para muitas pessoas estão distantes essas benesses. Moradores de rua que o digam, estamos no céu. Reclamos mesmo assim das coisas, achamos defeitos, tudo passa despercebido. Fazer um exercício de avaliar e apreciar cada coisa do dia-a-dia, por mais simples que pareça, já é bem meditativo.
O corpo tem pela neurolinguística sua linguagem. Melhora muito quando se manifesta a alma, a verdadeira pessoa. Nesse estado não há doença, não há arrependimento, nem loucura. Conversando com uma amiga, Nadine, descobri de um caso de uma mulher que ela chegou a ver que quando jovem engravidou de um padre e tiraram a filha, o que a levou a loucura e viver trancafiada e muda em casa. Por regras morais extremas e culturais fizeram com que a alma dessa mulher ou moça ficasse silente. Seu corpo também ficou silente. O engano em se condenar alguém com o próprio juízo já fez muitos estragos na sociedade, na mente de muitas pessoas. É o velho castigo, uma tortura que lembra a Idade Média e suas invenções. Dever-se-ia estimular a meditação sensual das pessoas, desde jovens, não condenar os seus atos.
Fato é que o corpo fala pela alma. Nisso aparecem as ilusórias doenças e que tentam falar. Uma doença de boca aparece na pessoa que usa palavras que ferem as pessoas. Uma dor de coluna surge em quem carrega o mundo nas costas, tem excesso de responsabilidade. Gorduras em exagero surgem para quem guarda coisas ruins, pensamentos negativos, para si mesmo, acumulando no corpo. Doença de pele surge em quem tem medo de relacionamento íntimo com o mundo, não quer ser tocado. Lábios com rugas revelam que a pessoa tem muita vontade de falar mal dos outros. E assim por diante. Estudei fisionomia por um tempo, aprendendo em livros que o espírito pode querer se esconder, mas se revela sempre. O corpo sensual, os olhos que brilham, os seios volumosos, a pele lisa e corada, muitas coisas revelam que a alma se manifesta, que há uma alegria carnal.
Comum é querer se tratar alguma crise psicológica fazendo terapia, alguma forma de lidar com a mente, regressão, livre associação, cognitiva etc. Mas não se nota que tratando o corpo, fazendo com que a pessoa se sinta mais forte, sensual ou bonita, terão um efeito psicológico que a ajudará a superar os problemas por vias indiretas. Tratar a alma cura o corpo e curar o corpo, trara a alma. Demonstrar sentimentos, sorrir, chorar é liberar a alma. A felicidade é uma linguagem, se produz com um comportamento. Medo também se supera com força física. Amor se conquista com um belo corpo. A nudez revela a verdade. Não é a toa que artistas gostavam de retratar nus, é porque eles queriam ver a essência, não o que as pessoas vestiam, não as máscaras. Como a alma é difícil retratar, o corpo se aproxima da alma, quando na sua linguagem é claro e aparente, não é rabiscado por bloqueios. A livre vasão bionergética possibilita todo o potencial. Aquela menina merecia sorrir, criar seu filho. Não podemos condenar um ato de seu corpo, ou usar de condenação por moral que aprisiona a liberdade individual. Por fim, o corpo alegre sorri por inteiro, não apenas com a boca.
O eu relativo depende do Eu Absoluto. Só quem é do espírito entende as coisas do espírito. Muitas vezes o sofrimento é o melhor caminho de crescimento espiritual. Pobre daquele que tenta superar as vicissitudes do espírito pelas forças da carne. O deserto não é tanto um lugar, mas muito antes um estado de espírito, é a experiência de derrelição e abandono. Parabéns pelo escrito Mariano. Respeitosamente, CLÉVERSON ISRAEL MINIKOVSKY
ResponderExcluirBom dia mestre, amigo e irmão.. as pessoas mostram o corpo e cuidam dele talvez por pensarem ser a alma.. e cuidam do eu relativo para defender o eu absoluto.. a carne é uma serva da alma.. e tenho um novo livro.. quinta a noite lhe presentearei.. falamos lá.,. abraço e sempre esteja presente.
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