A aparente extinção da família
Recentemente
participei de conversa sobre autoconhecimento e discutimos o tema das
transformações na família. De certo modo, o tema ficou mais
relacionado a questão da emancipação da mulher, dela ter sua
própria independência e isso afetar o antigo modelo de casamento e
família, tido por tradicional. Também se falou do tema das
crianças, e da falta de pais na casa, ficando estas com pessoas
estranhas ou meramente com a TV, o que modifica sobremaneira a visão
de princípios e de mundo. Ademais, se falou do advento da pílula e
disso dar maior liberdade a mulher, desde a década de 60. Por fim,
uns chegaram a conclusão que a família está extinta, e outros
ainda com esperança de restaurá-la.
Interessante
para se tratar de tema do masculino e feminino, e da família, é o
de um padrão, um modelo de forma, que Karl Gustav Jung, um discípulo
brilhante de Freud, chamava de arquétipo. Tem muita a ver com certa
simbologia. E ele, o facilitador, falou do reino, que é governado
por um rei, e este homem, tendo no cetro o seu símbolo de poder. A
família teria assim se modificado quando esse modelo foi mudado, não
tendo segundo ele a mulher o destino natural a esse poder. A mulher
deveria antes ser a voz da consciência do rei, e assim governar
também, mas por uma forma indireta. Falou da antiga família, onde o
homem sustentava a casa, e a mulher educava os filhos, e assim se
mantinha nesse padrão. Apesar da crítica da psicóloga presente,
que disse que naquele modelo o homem tinha o poder, que era muitas
vezes violento e traia a esposa. Mas voltando ao símbolo, falei de
polaridades da filosofia chinesa, do yin e yang, e do casal
alquímico, mostrando que há uma união natural para a família, e
que apesar dos avanços sociais, ainda há os papéis de poder, já
naqueles símbolos. Também falei de que a mulher começou a
trabalhar para fazer armas aos homens, na Segunda Guerra. Ademais,
que existe uma nova energia para a humanidade, proveniente de fatores
cósmicos e que leva a essas modificações de poder, ou para um
matriarcado. Falei por fim que estamos envoltos de um niilismo, de um
materialismo que afastou Deus e a espiritualidade, também
modificando estruturas como a da família.
Das
pessoas que falaram, seja sobre o tema de forma geral, seja sobre
suas famílias, percebi uma senhora que ao se dedicar a sua casa,
serviu de modelo de sucesso no tema familiar. Criando suas filhas
junto a esposo, e de acordo com princípios tradicionais, ficou que a
participação da religião fez grande diferença na vida de sua
família. Outra mulher também falou desse fator, e sem dúvida
pensei que há força do argumento. Já uma falou que cria filho
sozinha, e que ela estaria no modelo moderno. Criticaram
comportamento de homens no sentido de não mais ajudarem em despesas,
ou não colaborarem na casa, o que prejudica a convivência. A
crítica fica de que os homens atuais não são mais homens. Já o
facilitador, compensou o discurso feminista no sentido de que se o
homem fosse realmente o tradicional, falando em tom de brincadeira,
mandaria a mulher calar a boca. Mas todos concordaram que o machismo
antigo já não cabe em tempos atuais. Impressionou também o exemplo
de pessoas sozinhas, que mesmo assim mantêm uma felicidade,
superando também modelo familiar tradicional.
Fato
é que a família apenas modificou seus modelos, sendo motivada por
satisfação e realização. Tem também modelos de monoparental, de
diversidade de gênero, bem como uma nova forma de educar as
crianças, o que é prejudicial pela amizade, quando pai e mãe tem
de ser pai e mãe. Uma professora falou que ela se sente mãe de
muitas crianças, pois ensina tudo a elas, pois os pais não têm
mais tempo de ensinar. Fato é que muitos falaram da mudança se
dever a comportamento da mulher.
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